MORDOMIA CRISTÃ

12/05/2011 20:11

Introdução: O termo “Mordomia” abrange várias fases da responsabilidade cristã tais como o dar o
tempo e talentos tão bem quanto bênçãos materiais. Este estudo, no entanto será limitado ao que
Deus ensina sobre a adoração do homem através da oferta. A Palavra de Deus tem muito a dizer a
respeito disto. Nós estudaremos os princípios básicos sobre os quais a oferta cristã repousa.
I- TODAS AS COISAS PERTENCEM A DEUS
O Senhor nos deu tudo que o amor podia prover. Sua dádiva mais generosa é o livre-arbítrio
ou faculdade de escolha. Nós mesmos decidimos o que faremos com as dádivas concedidas pelo
amor divino. E para tomar a decisão correta, precisamos reconhecer que tudo o que temos e somos
provém de Deus. Aqui estão um pouco das coisas que a Bíblia diz pertencer a Deus.
1. Prata e ouro (Ag. 2:8). “Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos”.
2. Os rios (Ez. 29:9). “Porque ele disse: O rio é meu, e Eu o fiz”.
3. Toda a terra e pessoas (Sl. 24:1,2). A Deus pertence o título de toda a terra. Ele
alegremente concede ao homem o privilégio de continuar morando nela por um curto tempo. Deus
relembra Israel, em Êxodo 19:5: “Porque toda a terra é minha”.
4. Nossos corpos (I Co. 6:19,20). “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito
Santo, que habita em vós, proveniente de Deus e que não sois de vós mesmos?”.
II- TODO CRISTÃO É UM MORDOMO
O Cristão dedicado aceita o fato de que Deus é o proprietário de tudo e de que Seus filhos
são os administradores dessas dádivas (Mt. 6:25-34). Um mordomo é uma pessoa que supervisiona
e administra em favor de seu proprietário. Paulo diz que a principal qualificação para um mordomo
é a fidelidade. “Além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel” (I Co. 4:2).
III- MORDOMIA É ENTREGA TOTAL
No sentido mais amplo, a mordomia pode ser definida como a completa e irrestrita entrega
de nós mesmos a Jesus Cristo (Lc. 12:15). Nossa responsabilidade para com Deus e para com os
seres humanos não depende da quantidade ou da qualidade de nossas posses materiais. Nossa
mordomia se baseia em dois fatos salientados nos textos que seguem:
1. A entrega de Jesus por nós (II Co. 8:9). A base de toda mordomia é a vida e morte de
nosso Senhor Jesus Cristo. Mordomia é abnegação e altruísmo. É entregar-se completamente a
Deus e prestar serviços aos semelhantes. Quando vemos a vida simples que Jesus levou e a morte
horrível que Ele suportou, como podemos reter aquilo que o Salvador pede de nós? Cristo não deu
somente o que tinha; deu-se a Si mesmo. Isto é mordomia da espécie mais elevada.
2. A nossa entrega pessoal a Jesus (Rm. 12:1,2). A mordomia de entrega total da vida
consiste em muito mais do que doações financeiras. Com efeito, as dádivas materiais só constituem
uma pequena parte daquilo que aqueles que resolvem seguir a Deus têm o prazer de dedicar-lhe.
Mas o que fazemos com os meios que Ele nos concedeu torna-se uma boa indicação de que nos
entregamos, ou não, completamente a Ele.
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IV- O DÍZIMO COMO FORMA DE MORDOMIA
1. Sua prática voluntária (Gn. 14:18-20; 28:20-22). Antes que Deus revelasse uma lei
escrita a Moisés, para governar os descendentes de Israel, encontramos duas ocasiões quando
homens deram ou prometeram dízimos a Deus. Depois do resgate de pessoas e de bens que tinham
sido tomados de Sodoma numa guerra, Abraão deu o dízimo a Melquisedeque, o sacerdote de Deus.
Mais tarde, Jacó (o neto de Abraão) prometeu devolver a Deus o Dízimo de sua prosperidade. Estes
dízimos parecem ter sido voluntários, o que deixa ainda mais claro quais são os atos de um coração
agradecido a Deus.
2. Sua prática ordenada por Deus (Lv. 27:30-33). É indiscutivelmente claro que Deus
ordenou o dízimo na Lei que Ele deu através de Moisés. Muitas passagens mostram essa exigência.
O dízimo era uma característica da relação especial entre Deus e o povo escolhido de Israel. A
manutenção dessa lei era necessária para mostrar que eles eram um povo separado, escolhido.
3. Sua prática confirmada por Jesus (Mt. 23:23; Lc. 10:7). Durante sua vida, Jesus
reconheceu a autoridade da lei de Moisés. Jesus criticou os que negligenciavam outros
mandamentos divinos, enquanto zelosamente aplicavam a lei do dízimo, dizendo: “deveis, porém,
fazer estas coisas [dizimar], e não omitir aquelas [praticar o juízo, a misericórdia e a fé]”. Quando
Jesus disse que o obreiro é digno do seu salário, Ele estava confirmando que aquele que serve à
Causa, deve ter o seu sustento mantido pela Igreja.
4. Sua prática validada no ministério Apostólico (I Co. 9:7-14; II Co. 11:8). Como já foi
dito, o dízimo foi destinado à manutenção do ministério daqueles que servem na Casa de Deus.
Desde que a missão principal da igreja é espiritual, não é surpresa que as igrejas do Novo
Testamento usassem o dízimo e as ofertas para espalhar o evangelho. Exemplos deste emprego dos
fundos arrecadados incluem o sustento financeiro de homens que pregavam o evangelho, e aos que
serviam como presbíteros em tempo integral nas igrejas locais (I Tm. 5:17-18).
V- AS OFERTAS VOLUNTÁRIAS COMO FORMA DE MORDOMIA
1. Sua prática ordenada por Deus (Dt. 16:16,17; Pv. 3:9, 10). Nossa oferta deve ser
constante para Deus, isto porque as bênçãos sobre nossa vida não cessam. Devemos ser coerentes
para com Deus. Segundo Salomão, o fiel mordomo que oferta ao Senhor prosperará em tudo o que
fizer.
2. Sua prática confirmada pelos Apóstolos (Atos 4:34,35; II Co. 9:6-8). O Novo
Testamento estimula o cristão a dar liberalmente; generosamente e alegremente. As palavras “com
alegria” constituem a tradução do vocábulo grego hilaros, do qual proveio o adjetivo hílare (alegre,
contente) em português. Deve haver alegria entusiástica e contagiante ao darmos para Deus não
somente os nossos recursos, mas também todo o nosso ser.
VI- AS BÊNÇÃOS DE DEUS PARA OS MORDOMOS FIÉIS
De acordo com o profeta Malaquias, há quatro bênçãos prometidas ao dizimista (Ml. 3:7-12)
1. Deus promete voltar-se para nós com sua graça. Quando damos um passo com fé para
o Senhor, estamos dando permissão para que a Sua eterna graça nos alcance e isto em todos os
aspectos. Se semearmos bênçãos materiais com certeza colheremos.
2. Deus promete abençoar-nos de forma abundante. Quando somos fiéis a Deus nos
dízimos e ofertas temos a autorização para pedirmos suas bênçãos. A promessa de Deus é que essas
bênçãos serão derramadas de forma abundante sobre nós. Aqui há uma idéia de fartura. Por isso,
bem parafraseou a Bíblia Viva: “Abrirei as janelas do céu e derramarei uma bênção tão grande que
não terão lugar para guardá-la”.
3. Deus promete abençoar nossos investimentos financeiros. O maior investimento
financeiro naquela época era o plantio de uvas, oliveiras e outros cereais. Assim os piores inimigos
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seriam a seca e os gafanhotos (Jl. 1:4). Quando houvesse arrependimento e adoração com dízimos e
ofertas, a bênção voltaria, pois os inimigos da colheita seriam afastados.
4. Deus promete abençoar nossa reputação social. O que Deus quer é que sejamos “bemaventurados”,
ou seja, felizes, abençoados. Isso só ocorre mediante nossa fidelidade a Deus. Isto
deve nos instigar. Em nossas vidas é possível as pessoas verem o cuidado de Deus por nós?